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Conscientize-se : Comemore os gols do Brasil sem estressar os pets com fogos de artifício

29.06.2018 · 12:00 · Vereador Veterinário Francisco

 Torcer pelo Brasil na Copa do Mundo da Rússia é sinônimo de alegria, nervosismo e coração apertado. E para extravasar essa tensão muitas pessoas soltam fogos de artifício, bombas e rojões durante as comemorações dos gols. Toda essa comemoração acaba se tornando tormento para os pets já que esses artefatos podem provocar acidentes graves e até morte, devido à audição sensível dos animais. “Os pets podem sofrer de enforcamento, asfixia em razão de estarem presas na coleira, paradas cardíacas, além de traumas ortopédicos. E até casos de cachorros que em razão dos rojões acabam empalados nas grades dos portões”, explica o vereador veterinário Francisco (PSB) que trabalha na área a mais de 30 anos como médico veterinário.  

Segundo o veterinário Francisco, uma forma de amenizar o estresse do pet é deixar aparelhos de TV ou rádio em volume alto para tentar disfarçar o volume dos fogos e manter o ambiente mais acolhedor ao bicho. As janelas devem ser mantidas fechadas e, para aqueles que moram em apartamentos, coloque redes de proteção nas janelas. Para aqueles que moram em casa, mantenham a porta que dá acesso à rua fechada para evitar que o seu animalzinho fuja e possa, eventualmente, ser atropelado. “O pai ou a mãe dos pets tem que transmitir tranquilidade e carinho com cautela aos animais, amenizando assim o estado de ansiedade e em hipótese alguma administrar calmantes para os pets.”, explica o parlamentar.

O problema com fogos de artifício não se resume só aos pets, mas também aos humanos. A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia informou que nos últimos vinte anos, foram registrados 122 óbitos por acidentes com fogos de artifício, sendo que 23,8% dos acidentados eram menores de 18 anos. Os casos de acidentes triplicam no período dos festejos católicos, no mês de junho e julho.

É importante manter as crianças longe dos fogos, uma vez que o ruído pode atingir mais de 120 decibéis, mesmo a uma distância superior a três metros de onde o artefato foi aceso. O limite seguro de exposição aos sons, recomendado por especialistas, é de 85 decibéis. O som forte produzido por esses artefatos pode causar danos irreparáveis na audição, como perda auditiva severa ou bilateral temporária ou ainda, nos casos mais graves, irreversível.

O principal sintoma de que algo está errado é o aparecimento imediato de zumbido. As crianças podem manifestar no choro o que estão sentindo, mas o pior é que na maioria das vezes os pais não se dão conta do estrago que os fogos podem ter acarretado ao sistema auditivo dos pequenos.

Precauções – Em caso de acidente, a entidade orienta que as pessoas lavem o ferimento com água corrente, evitem tocar na área queimada e não usem nenhuma substância sobre a lesão – incluindo manteiga, creme dental, clara de ovo e pomadas. É recomendado ainda que se procure o serviço de saúde mais próximo para atendimento médico adequado.

Eduardo Penedo
Assessoria de Imprensa do Vereador