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Câmara Participativa debate com a população ideias para criação de Políticas Municipais de Meio Ambiente

16.08.2017 · 12:00 · Câmara Participativa

Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande realizaram na manhã desta quarta-feira (16), mais uma edição da Câmara Participativa para debater com a população Políticas Municipais de Meio Ambiente. O encontro foi realizado no Centro de Educação Ambiental “Odilza Fernandes Bittar”-CEA Imbirussú.

O técnico de gestão ambiental, Abadio Furtado, sugeriu a criação de um projeto de lei para o incentivo ao uso de energia solar. “Vim aqui hoje sugerir uma proposta para criação de um Projeto de lei, diante de vários problemas ambientais é louvável a criação de boas práticas alternativas e inovadoras por parte dos gestores municipais. Diante das tecnologias já disponíveis quero propor a sugestão para estabelecer incentivos ao desenvolvimento tecnológico, ao uso e a instalação de sistemas de conversão e aproveitamento de energia solar no município de Campo Grande. Em Palmas, Capital de Tocantins, por exemplo, tem esse projeto como um dos mais inovadores do Brasil”, destacou o técnico de gestão ambiental.

“Nós da Comissão de meio Ambiente assumimos o compromisso de elaborar essa discussão, preparar junto com Executivo e a sociedade esse projeto de lei para beneficiar o uso de energia solar, queremos ajudar essa legislação específica para que nós possamos ver na prática isso acontecer como parte de incentivo ao município de Campo Grande”, declarou o vice-presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente, vereador Eduardo Romero”.

Já o secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), José Marcos Fonseca afirmou: ” O uso da energia solar, é uma prática que cada vez mais aumenta em nosso País, na qual alia as atividades urbanas com as atividades ambientais, ou as boas práticas ambientas com as boas práticas urbanas, que é essa do aproveitamento da energia solar, ela tem se proliferado, nós não temos ainda nenhum incentivo legal nesse sentido, inclusive, o plano diretor foi apresentado ontem ao público, um plano que será de desenvolvimento urbano e ambiental no município de Campo Grande, onde pela primeira vez se faz essa junção, esse olhar integrado e, a partir disso é evidente que estamos incentivando práticas adequadas e corretas para transformar nossa cidade sustentável e acredito que uma iniciativa tanto da Câmara como do Executivo Municipal poderemos elaborar leis para que isso se materialize na nossa cidade”, disse.

Para a professora da Escola Municipal Fauze Escaff, Tânia Vital, “temos visto um avanço nas políticas públicas, pessoas inovadoras com ideias maravilhosas sendo implantadas, já temos dentro da educação algumas políticas já estabelecidas, umas delas é a implantação das hortas nas escolas, a nossa escola desenvolve isso algum tempo e tem se tornado referência para outras unidades, mas precisamos de parcerias e incentivos para que a consciência ambiental se espalhe. Outro ponto que quero destacar é a criação de escola autossustentável em Campo Grande”, avaliou.

Outra sugestão apresentada na reunião pelo professor da Escola Municipal Fauze Scaff, Rodrigo Borghezan, é a necessidade da criação de uma composteira municipal para fornecer adubos para a população cultivar as hortas escolares, comunitárias e domésticas.

Já o vereador Ademir Santana cobrou do executivo a criação dos ecopontos, “Precisamos o mais rápido possível estabelecer na cidade os ecopontos para a coleta dos lixos volumosos, como sofá, cama, as pessoas estão despejando em áreas públicas, isso precisa ser estabelecido o mais rápido possível”, reforçou o parlamentar.

De acordo com Patrícia Pato dos Santos, representando na ocasião a Secretaria Municipal de Educação, “Hoje, temos na parte curricular, desde a educação infantil ao ensino médio, a pauta da educação ambiental, as vezes pensamos que tudo é muito lento, mas na educação se faz nesses passos, na verdade precisamos da formação dos nossos professores que é o investimento atual da Secretaria de Educação, por meio desta formação iremos propagar o incentivo as boas práticas ambientais”, ressaltou.

Já para o Rodrigo Giasante, diretor do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), “as ações desenvolvidas pela Planurb é no sentido de prevenção e conscientização”, ponderou.

A vereadora Dharleng Campos destacou a importância dos jovens na criação de projetos de lei para Campo Grande, “Peço a vocês jovens, com ideias boas, criatividade e sabedoria tragam para nós ideias novas para a construção de projetos para a nossa cidade”.

O acadêmico da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Pedro Henrique, abordou o tema do aproveitamento da água da chuva e ressaltou que o principal problema da educação ambiental está na desinformação, “Falta incentivo das práticas sustentáveis, como exemplo, o aproveitamento da água da chuva, acredito que se divulgarmos mais as boas práticas ambientais iremos resolver boa parte dos problemas”.

Já a Professora Simone Mamed ponderou a instabilidade política para encarar de frente os problemas ambientais, “A questão ambiental é muito delicada, ela é a nossa base, só que quando bate com a questão do capital vemos toda a instabilidade. A educação ambiental não é só prioridade das crianças, mas nós também temos que ser educados, a educação muda as pessoas”, salientou.

Outra questão abordada no encontro pela professora Cintia é o incentivo ao uso da bicicleta de forma correta.

O gestor do Centro de Educação Ambiental (CEA), Antônio Carlos Silva Sampaio destacou: “desenvolvemos aqui alguns pequenos trabalhos, damos apoio algumas escolas e a professores que aqui visitam o centro, possuímos mais de 80 espécies diferentes de aves e diversos outros animais, estamos fazendo uma cartilha para conscientização das pessoas para não alimentarem os animais do parque, é uma maneira de levar a informação”, destacou.

 Para o presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB-MS, Arlindo Muniz. “Destaco a importância do encontro oportunizando a participação da população para criação de políticas públicas, a população precisa participar de encontros como este, as universidades precisam estar presente, as contribuições serão acolhidas de uma forma democrática. A OAB desenvolve trabalhos para área ambiental e estamos de portas abertas para atender o cidadão”, afirmou.

O evento foi promovido pela Casa de Leis em parceria com a Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) e a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), com objetivo de discutir temas como educação ambiental, drenagem e Parques Lineares, além de tratamento de resíduos sólidos.

Dayane Parron

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal