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Águas Guariroba presta esclarecimento dos serviços de água e esgoto fornecidos para população da Capital

15.12.2017 · 12:00 · Audiência Pública

Diante da constatação de que as tarifas de água e taxa de esgoto que são cobradas em Campo Grande são o dobro das que são cobradas em outras localidades do mesmo porte da cidade, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande realizaram nesta sexta-feira (15), Audiência Pública para discutir a prestação de serviços de água e esgoto no município de Campo Grande, pela empresa Águas Guariroba.

Conforme explicou o diretor-presidente da Águas Guariroba, Guillermo DeLuca, a Águas Guariroba pretende entregar para população 100% da rede de esgoto até 2025, e para isso precisa de capital financeiro para os investimentos em obras e tecnologias. “A empresa depende de capital para fazer obras e investimentos para cumprir o que se prometeu fazer em contrato. Até 2025 pretendemos entregar 100% da rede de esgoto para população. Desde 2006, fizemos um investimento de um bilhão de reais, faltam ainda 600 milhões para ter o esgoto universalizado na cidade e, com isso, termos 100% de água e esgoto tratado, o que é raro no Brasil”, alegou.

Ainda de acordo com Guillermo, pode haver taxas menores em outros municípios, “mas precisa fazer um estudo para saber o que se coleta nesses municípios que apresentam taxas menores, o estudo tem que ser mais amplo. A Águas Guariroba tem interesse em defender também os anseios da população”, Frisou.

O diretor-executivo da Águas Guariroba, Celso Lino explicou: “Produzimos sete milhões de metros cúbicos por mês, hoje o abastecimento de água chega a 320 mil residências. A rede de esgoto está disponível para mais de 240 mil famílias, e podemos garantir que todo esse esgoto é coletado e tratado. Todos os dados são encaminhados mensalmente para os órgãos fiscalizadores. Apenas 15 % da nossa produção vem do Aquífero Guarani, boa parcela vem de mananciais superficiais”, complementou.

O presidente da Comissão Permanente de Defesa do Consumidor da Casa de Leis, vereador Papy,  afirmou que desde fevereiro está se reunindo com a Águas Guariroba. “Desde fevereiro estamos nos reunindo com a concessionária para tratar a respeito da concessão dos serviços. O contrato da Águas Guariroba com a Prefeitura está estabilizado, precisamos avançar na sensibilidade da empresa com a população. Nós temos água de qualidade, esgoto quase em sua totalidade, mas precisamos atender melhor o consumidor”, disse.

Segundo o titular do Procon, Marcelo Salomão, foi feita uma tratativa com a Águas Guariroba que resultou em duas conquistas para o consumidor. “Na segunda vamos assinar um termo de compromisso com a Águas Guariroba, as multas por ligações de esgoto deverão ser primeiro notificadas ao consumidor, para que o consumidor fique sabendo que ele precisa regularizar contratualmente, em um prazo de 30 dias essa ligação de esgoto, vamos avançar muito nesse quesito. Outra conquista, é a questão do corte da água, quando o consumidor tem um corte, a companhia estará oportunizando que o consumidor tenha um prazo de 24 horas para regularizar a sua situação”, informou.

Para o vereador Junior Longo, “Não estamos questionando a qualidade do serviço, mas o grande objetivo é questionar alguns pontos, principalmente, os valores cobrados do contribuinte. Hoje o metro cúbico cobrado para residência é 4.41, o metro cúbico cobrado do setor público é 22.92, a diferença é absurda, onde nesse público você irá cobrar de escolas, ceinfs e hospitais. Esses pontos que nos chamam atenção, essa diferença nessa cobrança”, ressaltou.

Guillermo DeLuca explicou: “Houve uma licitação para a concessão de serviços de água e esgoto na Capital, os interessados apresentaram suas propostas para assumir o serviço. Não foi a Águas Guariroba que definiu essas tarifas, foram definidas através de estudos com parâmetros das tarifas cobradas pela Sanesul”, disse.

Para o proponente da Audiência Pública e vice presidente da Comissão Permanente de Defesa do Consumidor da Casa de Leis, vereador Ademir Santana, “Hoje uma escola pública está pagando de água em torno de 35 mil reais , 52 mil reais, porque o valor do metro cúbico para instituições públicas é o mais caro do Brasil”, criticou.

Outro ponto abordado durante a audiência é o valor cobrado para a ligação da rede de esgoto que custa R$712. “Como um cidadão que ganha um salário mínimo vai regularizar a situação com um valor desse”, questionou o vereador Junior Longo.

O Vereador André Salineiro defendeu a redução das tarifas cobradas do consumidor. “A Águas Guariroba é uma instituição privada e precisa lucrar, acontece que vivemos hoje um cenário onde centenas de pessoas estão desempregadas, a companhia poderia diminuir algumas tarifas e taxas da população. Essa audiência veio em boa hora para ouvir as indagações da população”.

Participação Popular

Para Evelyn Marques, a Audiência Pública possibilitou dar voz a população. “O cidadão está sendo penalizado, quando por exemplo, o lacre do seu hidrômetro é violado, por que a companhia não verifica se houve alguma diferença no consumo antes de penalizar, um lacre não custa o valor de um hidrômetro”, criticou.

Já Djalma Santana criticou a demora para chegada da rede de esgoto na sua casa. “Moro no Rita Vieira, a rede de esgoto passa a 100 metros da minha casa, mas na minha casa ainda não chegou o serviço de esgoto, encaminhei uma solicitação à águas Guariroba que me respondeu que apenas em 2.022 o serviço irá chegar  na minha residência”, lamentou.

Segundo Samir da Conceição, “Eu saí do Bairro Nova Lima porque não tinha água, eu acredito que quem não consegue quitar seus débitos não tem condição financeira, a crise está estampada na cara da população, e água é vida”, salientou.

Maria Madalena Ferreira criticou a penalização sofrida pela população quando o Hidrômetro é violado. “O hidrômetro fica para fora do nosso terreno, quando alguém quebra, nós somos responsabilizados, a companhia cobra uma multa altíssima, não acho justo”, defendeu.

De acordo com Haroldo Borralho, “muitas gambiarras são feitas e, no fim, quem paga somos nós. Precisa aumentar a fiscalização, porque se alguns são privilegiados, outros vão ter que pagar por isso”, avaliou.

Dayane Parron

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal